Ano novo/Mesmo Corpo - New Year/Same Body



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Após um mês de festas, banquetes e excessos, é tempo de retornar à realidade. O Natal, o aniversário e a passagem de ano, todos concentrados em tão curto espaço de tempo, só poderia resultar em asneira alimentar. Tudo com a desculpa de que nesta época podemos esquecer os cuidados com a alimentação, e com a atitude que em janeiro é que se vai começar a dieta a sério. Não sei bem o que é começar a sério, mas essa promessa, que fazemos a nós próprios, fica sempre bem. 




Mas vamos ao que realmente interessa. Será que os olhos comeram mais do que a barriga ou a barriga foi tão gulosa quanto os olhos. Pois é… depois de alguma indiferença forçada quanto às asneiras cometidas ou até uma resistência de chegar aos “finalmentes”, hoje foi o momento do balanço, ou melhor… da balança! 



Assim foi, subi àquela máquina tão pequena, mas que se torna enormemente injusta e esmagadora dos egos, e não gostei do que vi. Era o que previa e ao mesmo tempo queria evitar, justificando a frase “o que os olhos não vêem o coração não sente”. É verdade! O ponteiro da balança andou mais do que devia. Estou mais curvilínea do que estava. Imediatamente tive aquele pensamento veloz de mudar o estilo de vida, começar uma dieta, recomeçar o exercício físico… Foi por pouco tempo, mas juro que tive. 




O ganho de peso é realmente significativo? Quem me olha diz que não, mas a minha mente não concorda. A velha história que só nós é que notamos que estamos com mais peso. Aquelas gramas ou kilos que não nos perdoamos. Estou em risco de passar a linha para a obesidade? Creio que estou longe disso. Isso põe em risco a minha saúde? Também não!



Então porque é que eu consigo racionalizar sobre isso e não me faz sentir melhor…? O que é que, ou quem, define os padrões de beleza? Quem insere nas nossas mentes o que é bonito ou é feio? Como é feita essa constante tentativa de uma sociedade padronizada, de igualar as pessoas sem espaço para a diferença? A construção de um mundo que o bonito é ser alta/o, magra/o como as/os modelos, com medidas perfeitas 86-60-86 para as mulheres, 100-70-85 para os homens. Estas metas transformam-se numa luta constante e inatingível para quem não foi bafejado pela genética. 



Como rompimento deste padrão surgem movimentos dos modelos reais da vida. Temos os exemplos de Ashey Graham e Iskra Lawrence que encorajam as mulheres a sentirem-se bonitas independentemente do seu peso. A canadiana Winnie Harlow que mostra que tudo é possível até para quem tem despigmentação na pele. E a letã Viktoria Modesta ou a americana Aimee Mullins a quem a falta de pernas não as demoveu de terem carreiras na música pop, no desporto ou na moda. 

E como diria uma amiga minha: Num mundo cheio de Kardashians, sê tu mesma!

Comentários

  1. Amei seu texto, realmente me fez refletir. Sofremos com as imposições da mídia, mas temos e devemos nos libertar.
    Beijos

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  2. Adorei o post, principalmente que vc me fez refletir sobre o assunto. Parabéns pelo seu blog sucesso. bj ♥

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  3. Todas lindas, e inspiradoras para a vida, a carreira .
    Maravilhosas <3

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  4. Amei teu texto, é algo para parar e refletir! Padrões de beleza são as coisas mais desnecessárias do mundo! Somos diferentes e todos precisam aceitar isso! Beijinhos

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  5. Adorei seu post! Serve para todo mundo refletir sobre os padrões impostos pela sociedade. O que importa nesse feliz!

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  6. Meu deus... não sei o que amei mais se foi a reflexão, ou as fotos!!Arrasou muito!!!
    Sê tu mesma e ame a si mesma!!!

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  7. Seu texto é ótimo, parabéns! E sim, cometi meus excessos e ontem dei inicio a dieta, mas diferente de você, pequei 2017 todo! :/ E 2018 será um ano de mudanças, de viver outro estilo de vida e de cuidar mais de mim. Mas apesar de querer emagrecer, eu não me sinto nem um pouco compelida a fazer isso motivada pela cultura da magreza que a mídia prega. Pelo contrário! Me sinto na obrigação de emagrecer quano coloco um biquini e não gosto da bordinha da catupiry desajeitada caindo pros lados, ou quando vou em uma loja comprar roupas e elas não caem bem. Ou quando me canso fazendo atividades da vida cotidiana, entende? E até aí eu só vejo razões pessoais. Acho que as pessoas estão colocando muito a responsabilidade das escolhas delas em outras pessoas, como se só aparecer na tv fosse suficiente para mudar a cabeça de quem já tem uma opinião formada. Sou a favor de cada pessoa se culpar pelas suas escolhas e deixar de transferir isso para o próximo. :)
    Vou emagrecer sim, mas não pela cultura da magreza e sim pela satisfação e bem-estar pessoal.

    Bjks!

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  8. Adorei o texto!
    Temos mesmo que sempre refletir sobre os padrões impostos pela sociedade, eu gostaria muito de emagrecer mas por questão de saúde e não por estética.

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  9. Texto incrivel! Sou igual a você, natal, aniversário e ano novo com pouquíssimos intervalos e a gulosisse toma sempre conta de mim! Sempre fui muito de opnião, se não estou incomodada não mudo meu jeito nem meu ritmo por causa de pensamentos alheios.. A sociedade nos dias atuais querem o corpo perfeito, enquanto eu apenas quero ser feliz!

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  10. Nossa
    Seu texto esta maravilhoso.
    Eu luto com a balança desde os 20 anos e não me dei ao luxo de comer demais nas festas de ano.novo, pois sei que meu corpo vai cobrar caro por isso, ainda mais que to fazendo reeducação alimentar.
    Beijos

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  11. Nossa ! Vc arrasou no texto !! Uhuul!

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  12. Oie, tudo bem? Acredito que cada pessoa deve ir atrás daquilo que a faz feliz. Agora no final do ano também passei dos limites, foram as festas, viagens, tudo junto. E quando subi na balança também tomei um susto não pensei que tinha exagerado tanto. Em outro momento deixaria pra lá, porém minha saúde fica prejudicada pois não consigo andar de bicicleta, fico com falta de ar, além do desconforto das roupas não caberem mais. Então é preciso mudar o estilo. Correr atrás da minha saúde. Ótimo texto. Beijos, Érika =^.^=

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  13. Ai que legal esse texto,sabe eu não me preocupo em ser uma Kardashian,na verdade até a própria foge dos padrões(muito magras) instituídos por décadas no mundo da moda que foram traduzidos para a grande massa.O bom é que tem uma corrente de pensamento muito forte em favor da autoaceitação e valorização da diversidade de corpos, e não só.

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  14. oi!
    Parabéns pelo texto :D esta otimo. Realmente o mundo não esta cheio de Kardashians e não podemos exigir que todas tenham esta padrão.....
    bjo

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  15. Adorei e assino por baixo.
    Há que quebrar de uma vez por todas este tabu de que ser magra é condição obrigatória para ser ser mais bonita, melhor, mais saudável, whatever...
    Quantas de nós não somos destrutivas connosco mesmas só porque não cabemos no "padrão de beleza"?!

    MULHER XL - www.mulherxl.pt

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  16. Ótima reflexão. Infelizmente temos a indústria da moda e dos suplementos alimentares contra nós o tempo todo, impondo um padrão físico inalcançável à maioria das mulheres, gerando uma eterna frustração e inconformismo com os próprios corpos. Já passou da hora de se romper com esses padrões e compreender que todos os tipos de corpos são belos. Parabéns pelo excelente texto.

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  17. Amei o seu texto porque ele é um "ei, você continua linda mesmo com uns quilinhos (que não queria ganhar) a mais". Acredito que é um exercício constante de se não ter tantas neuras quanto ao nosso corpo e beleza.

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  18. Tudo que mencionou acima sofremos muito com isso e nós mesmas nos cobramos também, ninguém a não ser nós temos o direito de ser como queremos não como a sociedade ou as pessoas querem que sejamos como eles querem

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  19. Menina que texto lacrador ein!! Tudo o que você disse é verdade.. A sociedade nos coloca um modelo, cobramos a nós mesmas para estar dentro desse modelo que acabamos esquecendo que todo mundo é diferente, e existem milhões de modelos diferentes e que cada um pode ser do jeito que tem que ser , sem neura!! O mais difícil nisso tudo é se amar, mas a partir do momento que alguém se ama.. aaah padrão nenhum dita nada!! <3

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  20. É isso aí, temos que nos amar do jeito que somos, aproveitar a vida, ser feliz com vc mesmo! Adorei as fotos e citações à essas lindas e destemidas mulheres, elas são um exemplo de superação!

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  21. Ótimo texto!
    Realmente, temos que encontrar uma forma de sentirmo-nos bem, mas por nós, não pelos outros.
    Ser feliz alta, magra, gordinha, tanto faz, desde que parta de dentro.

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  22. Esse texto é para ser aplaudido de pé!!
    O modo como você fez a reflexão nos prende ao texto mas ao mesmo tempo nos interioriza e nos faz ver que as vezes pensamos dessa maneira, o que pode ser prejudicial a nossa saúde. Beijos 😘

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  23. Olá, tudo bem?

    Que texto maravilhoso é esse?! Acho que muitas mulheres se sentem exatamente assim depois das festas de fim de ano. Passa essa época e nos sentimos gordas, como se algo estivesse muito errado e a neura entra em ação. Controlar essa neura não é algo fácil, mas temos que ter consciência que ums quilos a mais não vão te diminuir. Seu texto traz uma bela reflexão e eu amei como você abordou isto!

    Beijos!

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  24. Falou tudo!!! ótimo texto reflexível e concordo sim, eu adoro emagrecer e é isso ai temos que ser nosso próprio padrão do jeito que queremos e não como a sociedade quer!

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  25. Ahhh que texto mais show, acho que as pessoas se tornam tão refens desse tal corpo perfeito que se esquecem que nem as modelos são perfeitas e prova disso são os kilos de maquiagens que se usam em um desfile ou todo o photoshop que precisa para uma revista rsrs Acho que precisamos sim ficar atentos a saude, eu mesma preciso emagrecer por causa disso, agora, se tornar refem de um padrão que nem existe é perder a felicidade rsrs

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  26. Que texto bacana, nos faz refletir sobre os padrões impostos pela sociedade.

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